Pontos de interrogação
Tatiana Belinky
Acontece cada coisa,
cada baita confusão!
Ouça então:
Um caracol de bigode
mascava barba-de-bode!
Pode?
Um sapo levou toda a prole
para comer rocambole!
É mole?
O peixe mais gordo do rio
bateu asas e sumiu!
Viu?
Um gambá viu o caipora,
deu um pulo e foi-se embora!
E agora?
Uma cobra, no Japão,
se engasgou com macarrão!
E então?
— Pulga, fique onde está!
Vou caçar um boitatá.
Tá?
Bundinha de tanajura
injeção de mel não fura!
Jura?
Nadando no aquário a esmo,
um burro engoliu um torresmo!
É mesmo?
— Eu vôo que nem carcará! –
gabou-se o lobo-guará.
Será?
Comer bem é mania:
Bom mesmo é barriga-vazia!
Sabia?
Rosnando que nem um cão
a ostra mordeu o leão!
Ou não?
Nada como um cafuné
na orelha ou no pé!
Né?
Nas barbas da sucuri
a cuca beijou o saci!
E daí?
Um mosquito espadachim
fez um verso em latim!
Como assim?
Um macaco europeu
ao pular furou o pneu!
Entendeu?
E agora, curumim,
brincadeira fica assim:
FIM !
Árvore da adição
Há 8 anos